Neste ano foram defendidas 00 dissertações.
Útlima atualização 29/06/2017
Amanda Garcia Rendeiro
Título:LITERATURA E CIÊNCIA: DIÁLOGOS FICCIONAIS
Orientador:Professora Doutora Martha Alkimin de Araújo VieiraPáginas:96
A presente dissertação tem como objetivo discutir e problematizar a presença da ficcionalidade não apenas na literatura, mas também em um campo, a princípio, impensável, ou seja, nas ciências. Para tanto, esta pesquisa se inicia com a apresentação dos vários semantismos da palavra ficção, detém-se, a seguir, no pensamento do filósofo Hans Vainhnger, que estabeleceu uma taxionomia para as ficções no campo das ciências e, por fim, percorre as reflexões de Wolfgang Iser tanto a respeito da especificidade da ficção literária, seu estatuto, natureza e função, quanto sobre o ato de ler. Forma de conhecimento privilegiada a ficção, seja na literatura, seja nas ciências, permite o estabelecimento de um diálogo entre esses campos que parecem tão distantes um do outro. Nesse sentido, pode-se afirmar que não existe entre literatura e ciência a supremacia desta última, pois ambas, considerando a particularidade das ficções que realizam, sugerem o quanto as ficções são formas de mediação com a realidade, assim como evidenciam a complexidade de nossas relações com o mundo e a vida.
André Vinicius Lira Costa
Título:POÉTICA E MORTE NA ERA DO CIBORGUE
Orientadora:Prof. Dr. Manuel Antonio de Castro Páginas:134
A morte é uma questão universal. Em todos tempos e culturas, os homens viveram na vigência do fenômeno da morte, em vista do qual faziam a experiência da sacralidade da vida. Na pós-modernidade, contudo, a abissalidade do enigma da morte é confrontada a passos largos pelo progresso técnico, que visa a tornar os homens senhores do real, especialmente de seus próprios corpos, entendidos como organismos, sistemas de funções: verdadeiros ciborgues. Argumentamos pela essencialidade da morte, que não se limita a ser o fato do término da vida, mas atravessa-a enquanto vigência do nada. Enraizado no nada, o ser pode mais uma vez ser experienciado como poético, pois não se restringe a uma definição humana, deixando surgir o acontecimento como acontecer, sempre no limiar de vida e morte.
Bruno Bazilio Bentolila
Título: REAPROPRIAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES EM PHAEDRA´S LOVE DE SARAH KANE– ESTUDO SOBRE A RELEITURA TRÁGICA NA CONTEMPORANEIDADE.
Orientador: Prof. Doutor João Camillo Barros de Oliveira Penna Páginas:167
A Dissertação problematiza a questão da releitura da tragédia clássica pela contemporaneidade, em específico a escrita de Phaedra´s Love (O Amor de Fedra), realizada pela dramaturga inglesa Sarah Kane em 1996. A proposta desta reflexão inclui pensar como a re-escritura desta peça opera na transposição de uma ação “fora-de-cena”, encontrada desde o texto senequiano e suas releituras subsequentes, até o uso “dentro-de-cena”, proposto como gesto pós-moderno em si, assim como as demais transformações ideológicas que isso impõe.
Bruno Domingues Machado
Título:A DINÂMICA DE DELEUZE
Orientador: Profa. Doutora Ana Maria Amorim de AlencarPáginas:109
Esta dissertação tem por objeto a lógica pela qual Deleuze constrói seus conceitos, e a dinâmica do real implicada por essa lógica: quando dinâmica e lógica se entrecruzam. Uma lógica que afeta diretamente o real; uma lógica que se torna um afeto do real. Para isso, a tentativa será a de mostrá-la – lógica ou dinâmica – em ação, por meio de noções que a façam e, ao mesmo tempo, extraiam algumas de suas consequências.
Carlos Andrés Alcalde Fuenzalida
Título: LA TORMENTA DE MIERDA: UMA LEITURA DO PRESENTE ATRAVÉS DA NARRATIVA DE ROBERTO BOLAÑO E DA OBRA DE WALTER BENJAMIN
Orientadora:Professora Dra. Vera LinsPáginas: 112
Esta dissertação é fruto da combinação de leituras de Walter Benjamin, literatura de ficção científica e literatura brasileira contemporânea, sobre a base da obra de Roberto Bolaño, cujo romance 2666 contém uma mensagem importantíssima para a compreensão da nossa época. A ideia principal consiste em que, com 2666, Bolaño construiu um emblema que retrata nossa época. Para isso se investigou 2666 em paralelo com o livro A origem do drama barroco alemão, de Walter Benjamin.
Daniela de Oliveira Carvalho
Título: OS ANÉIS DE SATURNO DE W.G. SEBALD Uma representação literária sobre a História Natural da Destruição
Orientador: Prof. Doutora Eleonora Ziller Camenietzki Páginas:108
Neste trabalho o leitor irá encontrar uma análise sobre o livro Os Anéis de Saturno, de W.G. Sebald, cuja forma ensaística se configura como uma representação estética possível da violência implicada no projeto civilizacional europeu. Através de seu modo de narrar podemos revisar alguns dos pressupostos epistemológicos presentes na representação literária dos séculos XIX e XX, aos quais se correspondem determinados movimentos da história e da cultura, de modo a entrevermos uma forma literária contemporânea capaz de exercer a função de um despertar da consciência crítica a respeito de problemas específicos do nosso tempo. W.G. Sebald é o autor narrador desta prosa que, num percurso circular, partindo de fragmentos efêmeros e particulares sensíveis, aspectos comuns a uma sensibilidade pós-moderna, toca com precisão na crítica materialista da História.
Daniella Ferreira
Título: O COTIDIANO DA LOUCURA ASILADA: Lima Barreto presencia o cemitério dos vivos
Orientadora:Prof. Doutor André Luiz de Lima BuenoPáginas: 100
Entre os laços que estreitam o fato e a ficção, esta dissertação pretende dar enfoque ao cotidiano da loucura, a partir de uma análise detalhada da construção do Diário do Hospício e de O cemitério dos vivos, de Lima Barreto. Durante o seu trajeto pelo hospício, o autor remonta aspectos marcantes da sociedade brasileira da Primeira República e utiliza a literatura como um projeto militante.
Elaine Zeranze Bruno
Título: MONSIEUR CHAT NO MUNDO DA MEMÓRIA Chris Marker e o photo-roman La jetée
Orientador: Prof. Doutor André Luís de Lima Bueno Páginas:144
O presente trabalho tem a pretensão de realizar uma análise crítica da obra La jetée do cineasta Chris Marker. Começando a partir de seu percurso artístico, em que são citadas e brevemente analisadas suas obras de maior relevo e também suas participações em diversos movimentos culturais e militantes que o ajudaram a formular um estilo único de fazer cinema, que combinando de modo extremamente original fotografia, literatura e cinema chegou ao denominado cinema ensaio, ou seja, provoca a reflexão contrariando a Indústria Cultural do Cinema que oferece formas prontas para o espectador. É fundamentada na sua trajetória e na fortuna da Teoria Crítica que La jetée, sua única obra de ficção, será analisada, em que condensado em menos de 30 minutos, um filme feito unicamente de fotos fixas e apenas uma imagem em movimento alcança pelo meio de sua história ficcional descongelar o sentido da história, despertar o inconsciente político e contestar o próprio estatuto da imagem.
Felipe Forain Marques
Título: PERCURSO DE UMA TRAVESSIA PELO SILÊNCIO
Orientadora:Prof. Dr. Manuel Antônio de Castro.Páginas: 171
Este trabalho tem como proposta pensar o silêncio em sua relação poética com a linguagem. Para tanto, busca-se estabelecer um diálogo com a poesia, com a filosofia e algumas correntes do pensamento oriental. A partir da reflexão das concepções mais comuns de silêncio (entendido por oposição à linguagem e ao som), manifesta-se a impossibilidade de desdobramento do tema proposto pelos métodos tradicionais de pesquisa, o que exige uma abordagem poética. Surpreendentemente, o silêncio gradualmente revela-se não apenas assunto, mas um caminho próprio e inovador para o pensar, compreendido como serenidade. Essa perspectiva abre possibilidades para uma revisão do sentido do poético e da linguagem, em que esta, em lugar de capacidade humana de comunicar-se, se revela mundo em sua manifestação. Assim, em vez de opor-se à linguagem, o silêncio passa a configurar um lugar de profunda importância para a experienciação da realidade.
Gabriel Rodrigues Lanhas
Título: A VIDA ASSUBJETIVA DENTRO E FORA DO HOMEM
Orientador: Prof. Doutor João Camillo Barros de Oliveira Penna Páginas:114
Este trabalho tenta percorrer e liberar os caminhos impostos pelo homem à vida. Dividido em três partes — Política, Filosofia e Arte —, descobre a abertura própria à ética, ao pensamento e à estética, distanciando-se cada vez mais da condição humana e de seus limites naturais e subjetivos. A dissertação começa pelo estudo do corpo político e da sexualidade em Michel Foucault, apresentando a relação de poder que a partir da idade moderna — final do século XVIII e início do século XIX — investiria sua energia diretamente sobre a vida; ou seja, como daí em diante a política se transformaria de vez em biopolítica. A seguir tal questão é retomada para além do Direito constituído, onde os desafios imediatos de se enfrentar a judicialização da vida são pensados e problematizados ao lado da teoria jurídicopolítica de autores como Negri, Agamben, Kelsen e Schmitt. Depois, no centro de tudo, voltamo-nos para Espinosa e a Ética a fim de expandir o horizonte e o conceito de liberdade como a afirmação de novos modos de expressão. Nesse ponto, é definida a tarefa da filosofia: envolver e inventar a todo o momento novas possibilidades de vida, novas práticas, novas máquinas, novos corpos, novas ideias, novas existências, por meio de um turbilhão de forças que sempre nos invade e escapa ao nosso controle, face a face com o caos, dilacerando todas as formas já conhecidas; pois a vida singular vestida pelo lado de fora passa agora ao pensamento pelo lado de dentro, enquanto somos todos levados a devir uma pedra, uma planta, um animal, uma poesia... Encontramos, enfim, a filosofia e o vitalismo em Gilles Deleuze dirigindo-se ao lado de fora e ao plano assubjetivo, produzindo o incondicionado e o imanente, a diferença e o caos, ou simplesmente uma vida nova dentro de nós. É aí que as autobiografias de Marguerite Duras, Thomas Bernhard e Roland Barthes irão compor outros planos através da arte, criando os seus próprios afetos e perceptos para expor a ferida do homem e encarnar o Acontecimento que é a Vida mesma.
Jun Shimada de Vasconcellos Brotto
Título: AS LACUNAS DA FORMAÇÃO: A EDUCAÇÃO E O OLHAR DE JANE EYRE
Orientadora:Prof. Doutor Manuel Antônio de CastroPáginas: 123
Procuramos aqui pensar as possibilidades oferecidas pelo romance Jane Eyre, de Charlotte Brontë, ao pensamento acerca da educação. Assim, tentamos desenvolver um diálogo entre nosso pensamento, o mencionado romance de formação e a tradição da literatura e da educação no Ocidente. Para isso, revisitamos os fundamentos dessa tradição, organizados sob os termos genéricos “exemplo”, “função” e “experiência”, e o modo como a tradição, sobretudo filosófica, os dispõe. Por fim, tentamos pensar qual a repercussão desse redimensionamento literário para a educação contemporânea, e que novas propostas ele coloca.
Karin Hallana Santos Silva
Título: ESTRATÉGIAS DE SUBVERSÃO: A (DES)IDENTIDADE EM VIVA O POVO BRASILEIRO
Orientadora:Prof. Dr. Eduardo F. CoutinhoPáginas: 101
O objetivo deste trabalho é discutir a representação da identidade brasileira no romance Viva o Povo Brasileiro, de João Ubaldo Ribeiro a partir de uma perspectiva pós-colonial. As estratégias de subversão dos conceitos de Nação, Discurso e História problematizam a concepção de identidade nacional construída em duas obras paradigmáticas da literatura brasileira: Iracema, de José de Alencar e Macunaíma, de Mário de Andrade. Como ponto de partida, a narrativa transforma o subalterno de objeto enunciativo em sujeito da enunciação e, ao dar voz ao excluído, desconstrói o referencial identitário canônico. O conceito de Identidade aqui é problematizado no sentido teorizado por Stuart Hall (2006), e sua desconstrução prevalece como a percepção de que uma identidade mestra já não satisfaz o consenso do imaginário cultural, advindo daí a noção de fragmentação, de uma identidade móvel que se transforma e se renova constantemente
Leonardo Lusitano Mósso
Título: HISTÓRIA E HISTORIOGRAFIA: DIÁLOGO POR UMA EDUCAÇÃO POÉTICA
Orientador: Prof. Dr. Manuel Antônio de Castro. Páginas:104
O presente trabalho consiste numa reflexão sobre a possibilidade do ensino e aprendizagem de história como algo a ser aprendido durante o caminhar, levando-nos até a plenitude. Sem a pretensão teórica de dar conta de novas possibilidades historiográficas, buscando tratar de romper com modelos científicos e não apenas de criar mais um. A realidade não pode ser fechada e sim apenas aberta. O diálogo entre história e arte, possibilita que os processos históricos, dialogando as questões que imanam de obras de arte, acolham um tempo do acontecer: quando a questão traspassa o aluno, o tempo histórico quanto mais se volta ao passado, mais volta-se ao futuro, porque compõe o aluno em sua dimensão humana: o que acontece é uma experienciação e não simples acúmulo de conhecimento, o que permite a dobra entre funcional e poético: não excluindo conhecimento, conceitos e recursos técnicos, mas valorizando uma educação a ser experienciada durante a vida, como caminhada, como desenvolvimento de questões. Talvez essa seja a maior honestidade possível hoje a um historiador no Brasil: deixar o futuro sonhar o presente, já vigente no passado e fundado na memória.
Luciana G. Barboza
Título: Cabo das Tormentas e a esperança do não
Orientadora:Professor Doutor Ronaldo Lima LinsPáginas: 170
O livro de estréia do escritor Gerardo Mello Mourão (1917-2007), Cabo das Tormentas, publicado em 1950, constrói uma poética disposta a exprimir o drama do desterro, físico e metafísico, que assola o homem na modernidade. A dissertação pretende refletir sobre essa busca, numa leitura interpretativa detalhada dos poemas. Será estudado que uma poética do exílio perpassa a obra do autor, desde o primeiro livro. Temas como a esperança, o luto, a tradição elegíaca, o estudo dos gêneros épico e lírico, serão trabalhados através do confronto com a obra de diversos poetas como Dante, Ovídio e Camões.
Luiz Costa Lima
Título:o triângulo e a pirâmide
Orientador:Profª. Doutora Martha Alkimin de A. Vieira.Páginas:176
Atendo-se aos três conceitos fundamentais da mímesis artística, da ficção literária e do controle do imaginário, este trabalho propõe desenvolver uma interpretação da especificidade e dos problemas implicados na obra de Luiz Costa Lima a partir da caracterização de seu projeto construtivo sob o prisma de uma “crítica da razão estética”, conforme a expressão de Benedito Nunes. Toma-se como eixo condutor o diálogo que sua pesquisa estabelece com a primeira e a terceira críticas de Kant, procurando situar as dificuldades que sua leitura impõe no quadro de formação histórica do estatuto da crítica literária na modernidade. No ponto de partida do percurso analítico proposto encontra-se o esboço de uma arqueologia do território discursivo da crítica que se encaminha progressivamente para três frentes de investigação, aqui apenas entrevistas. Centradas numa reversão das categorias centrais de seu triângulo teórico, estas apontam, respectivamente, para os temas da mímesis do crítico, do “como se” que atualiza sua poiesis e dos mecanismos de controle exercidos sobre a própria criticidade, sob a cláusula de um veto à prática teórica. Com esta tríplice “leitura pelo avesso” procura-se verificar tanto o alcance como os limites das categorias nucleares da obra de Costa Lima, propondo uma aproximação capaz de identificar a própria aporia que a sustenta, centrada na problemática do valor estético.
Manuel Alejandro Rodríguez Rondón
Título:RAÇAS, NATUREZAS, EUROCENTRISMOS: AS VISÕES DE CLAUDE LÉVISTRAUSS E HERBERT BALDUS SOBRE OS INDÍGENAS DO BRASIL
Orientadora: Eduardo de Faria CoutinhoPáginas:144
Desde o século XIX, a antropologia tem sido a disciplina autorizada para produzir conhecimento sobre os grupos humanos culturalmente estranhos ante os olhos do Ocidente, também chamados povos exóticos. Através da etnografia, esta disciplina tem produzido, além de informações científicas sobre cada etnia, imagens sobre o ‘outro’ e formas de entender a alteridade vinculadas com relações de poder e dominação, que partem da Europa como centro do mundo. A presente dissertação compara as visões de mundo presentes em Tristes trópicos de Claude Lévi-Strauss e em etnografias e ensaios de Herbert Baldus sobre os indígenas do Brasil, focalizando sobretudo as formas como o índio e o etnógrafo são construídos nesses textos, o projeto etnográfico no qual se inscrevem e as categorias a partir das quais cada autor estabelece as diferenças entre o ‘eu europeu’ e o ‘outro nativo’. A análise revelou que, embora ambas as cosmovisões compartilhem formas de representar o nativo americano a partir da dialética ‘homem selvagem–bom selvagem’, elas correspondem a duas modalidades distintas de eurocentrismo que se ancoram na natureza, no caso de Lévi-Strauss, e na raça, no caso de Baldus.
Maria Castanho Caú
Título: OLHAR O MAR – Woody Allen e Philip Roth: a exigência da morte
Orientador: Prof. Doutor Ronaldo Lima Lins Páginas:193
Esta Dissertação tem por objetivo investigar as formas como a ideia da exigência da morte se estrutura e ganha corpo na obra de dois autores norte-americanos contemporâneos - o cineasta Woody Allen e o romancista Philip Roth – através de uma análise comparativa, fundamentada em três eixos temáticos, cada qual dedicado ao estudo de um par de obras (um filme e um romance), se estabelecendo assim, ao longo do trabalho, uma ponte entre as searas do cinema e da literatura.
MAURO SERGIO DE JESUS APOLINÁRIO
Título: FOTOGRAFIA: POÉTICA DO INSTANTE CONTÍNUO
Orientador: Professor Doutor Eduardo Mattos Portella Páginas:124
Este trabalho tem como intenção o desenvolvimento de uma compreensão poética da fotografia. Longe da habitual maneira que insiste em resumi-la a estereótipo do real, buscamos em profundidade entendê-la como criação poética, como verdade encontrada na continuidade surgida no devir próprio do real. Propõe-se então uma análise que percorre diversos caminhos, variando desde uma digressão ao pensamento poético originário (estudado a partir da filosofia pré-socrástica) e suas modificações ao longo da filosofia e história da arte ocidental, até algumas das atuais concepções e produções artísticas que buscam poeticamente na imagem fotográfica uma maneira de compreender o real em sua complexa apresentação diante do homem
Nathali Ramos Moura
Título: ESPAÇOS DE MEMÓRIA EM AS PARCEIRAS & A SENTINELA, DE LYA LUFT
Orientador: Professora Doutora Angélica Maria Santos Soares. Páginas:117
Esta Dissertação propõe o estudo da obra ficcional de Lya Luft, voltando-se, especificamente, para os romances As Parceiras e A Sentinela, possuindo como foco de investigação o espaço e, também, sua relação com a memória. Observa-se como os espaços luftianos, sobretudo o espaço da casa, estão ligados ao ato rememorativo e como o retorno a esses espaços produzem nas personagens um acerto de contas com o passado. O estudo é feito, basicamente, a partir das investigações de Gaston Bachelard sobre o espaço, que o autor denomina de Topoanálise, e se alia às propostas de Ozíris Borges Filho em Espaço e Literatura: uma introdução à topoanálise; em diálogo com as proposições de Henri Bergson e Maurice Halbwachs sobre a memória.
RENATA VALE RIBEIRO
Título: A CONTRARREGRA DA CENA PÓS-MODERNA: anti-ilusionismo e distanciamento, de Brecht a von Trier
Orientador: Professor Doutor Ronaldo Lima Lins Páginas:182
A dispersão da experiência estética no nosso cotidiano, a massificação da cultura sob a lógica da mercadoria e a deterioração das fronteiras entre a alta arte e as produções para consumo, apontadas por Fredric Jameson como questões próprias ao pós-modernismo, levam à reflexão sobre as possibilidades de resistência do artista e de sua obra. O cinema, sendo a linguagem mais submetida à aparência uniforme e homogênea da mercadoria, é um poderoso elogio à sociedade capitalista ao passo que também, como já pensara Benjamin, guarda um potencial subversivo, de amplo alcance, capaz de expor as contradições e as armadilhas da profusão pós-moderna de imagens. Que caminhos podem ser abertos para essa ruptura com a ordem hegemônica? São diversas as respostas. A que analisamos aqui corresponde à utilização pelo cineasta Lars von Trier, nos filmes Dogville e Manderlay, dos recursos do teatro épico de Brecht e do efeito de distanciamento. Nesses filmes operam-se uma desconstrução e uma crítica auto-reflexiva que expõe as diferentes camadas e interrelações dos dois textos com outras obras, o discurso predominante, a estrutura social, econômica e política, a produção cultural, os sentidos da arte e da ética e também com as esperanças utópicas. Perante o estranhamento provocado pela narrativa, o espectador vê ruir a naturalização dos mitos e clichês capitalistas.
Renato Pardal Capistrano
Título: SARTRE E O DIFÍCIL CURSO DA LIBERDADE – aspectos narrativos em Os caminhos da liberdade
Orientador: Prof. Doutor Ronaldo Lima Lins Páginas:182
Esta dissertação analisa a narrativa ficcional dos livros A idade da razão, Sursis e Com a morte na alma, integrantes do projeto romanesco Os caminhos da liberdade, de Jean-Paul Sartre. Fundamentado em conceitos próprios ao campo filosófico da produção do autor, este trabalho visa depreender formas adequadas à tensão entre os polos da angústia e da má-fé, expor a ocorrência de uma composição marcada pelo perspectivismo (apontando o caráter que chamamos de “hemorragia interna”) e delinear a trajetória que, na narrativa, encaminha da inércia para a práxis a possibilidade de um projeto de assunção da liberdade no engajamento.
Victor Figueiredo Souza Vasconcellos
Título: “Fuzil BIC” e Tamborzão: negociações políticas, simbólicas e estéticas no romance de Ferréz e nas músicas de Menor do Chapa.
Orientador: Professor Doutor João Camillo Barros de Oliveira Penna Páginas:135
Este trabalho elabora uma análise de manifestações subalternas com o objetivo de investigar o constante embate entre visões de realidade e a busca pelo poder simbólico, na concepção de Pierre Bourdieu. Nós analisamos o romance Manual Prático do Ódio de Ferréz e as músicas compostas por Menor do Chapa. Nessas obras apontamos como seus autores usam um vasto repertório simbólico, para que sejam criadas as condições sensíveis necessárias à visibilidade política, tendo como base a teoria de Rancière. Além disso, indicamos como, ao buscar essa visibilidade política, as obras de Ferréz e de Menor do Chapa estão em constante negociação com os dispositivos de poder, sempre maculadas por ele, bem como indicou a crítica de Spivak, articulada, em nosso trabalho, às concepções do poder de Foucault. Consideramos, nessa constante negociação, os estratégicos processos de hibridação cultural, nos termos de Canclini, efetuados por esses mediadores
VISCONTI LEITOR
Título: NOME DO ALUNO
Orientador: NOME DO ORIENTADOR Páginas:NUMERO DE PAGINAS
RESUMO DA TESE OU DISSERTAÇÃO
Lucas Bandeira de Melo Carvalho
Título: NOME DO ALUNO
Orientador: NOME DO ORIENTADOR Páginas:NUMERO DE PAGINAS
RESUMO DA TESE OU DISSERTAÇÃO
Luiz Guilherme Barbosa
Título: NOME DO ALUNO
Orientador: NOME DO ORIENTADOR Páginas:NUMERO DE PAGINAS
RESUMO DA TESE OU DISSERTAÇÃO
Pedro Barnez Pignata Cattai
Título: NOME DO ALUNO
Orientador: NOME DO ORIENTADOR Páginas:NUMERO DE PAGINAS
RESUMO DA TESE OU DISSERTAÇÃO
Patricia Marouvo Fagundes
Título: NOME DO ALUNO
Orientador: NOME DO ORIENTADOR Páginas:NUMERO DE PAGINAS
RESUMO DA TESE OU DISSERTAÇÃO